É um grande desafio falar sobre a inesquecível Cássia Eller. Esta mulher que marcou não só a minha pré-adolescência e adolescência inteira mas a de muitos fãs . A minha fase adulta também! A primeira música da Cássia que eu comecei a ouvir ( na Rádio Globo FM Salvador-BA) e cantar com os meus dez anos de idade foi: "Malandragem."
Eu cantava tentando chegar ao tom dela (desafiando-me mesmo...), era incrível!
Ela interpretava com a alma, sua voz era um furacão, um terremoto de emoções.
Aos 14 anos tive uma surpresa (nunca imaginava viver esta situação...):
Numa ida a um supermercado pequeno aqui em Salvador-Bahia, no bairro da Pituba, eu tive o prazer de estar no mesmo espaço, dividir o mesmo ar que a Cássia respirava. Era ela! Cássia Eller.
Ela estava acompanhada de seu filho Chicão e amigos. Comprou uns côcos para a galera e eu meio paralisada com a situação, me vi sem ação.
Não pedi um autógrafo e os celulares ainda não tiravam selfies. Aquilo era ver uma pessoa que para mim já era um ícone que eu admirava e admiro até hoje extremamente. Ela agindo de uma forma simples, comum, sem estrelismos, passando uma paz na voz, gentil com as funcionárias. Poucos a reconheceram...
Mas, eu não tive coragem de me aproximar dela.
Preferi deixá-la à vontade...
Para mim o meu maior presente foi tê-la visto de pertinho, fazendo compras saudáveis, sorrindo, conversando. Isto foi lindo. E um verdadeiro encantamento.
Cássia Eller me inspira até hoje. Ela fez renascer um sentimento de força e humanidade entre os fãs e ouvintes.
Seu desaparecimento dos holofotes e da vida me abalou profundamente.
Mas, sigo reforçando sempre que posso a memória dela: A Intérprete e Humana,
Cássia!
Assim eu vejo Cássia Eller. Perfeita e imperfeita. Divina.
Texto: Andréa Ermelin
29 de Dezembro de 2016. Quinta-feira. Salvador-Ba/Brasil. Às 12:27h.
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